terça-feira, 27 de julho de 2010

GAME DESIGN LESSONS: parte 4

Apresento mais alguns apontamentos retirados do livro CASUAL GAME DESIGN de Gregory Trefay. Nesse post vamos abordar, rapidamente, o processo de modelagem das regras de um game.

MODELANDO REGRAS

Quando jogamos um bom game de qualquer natureza, percebemos que ele possui uma dinâmica e regras bem resolvidas. Não por acaso, depois de criar toda a mecânica principal é essencial delimitar regras para que ela funcione de maneira adequada.

O autor Gregory Trefay nos dá alguns bons caminhos para isso. Lembrando que o que apresentamos aqui são apenas apontamentos e não uma "receita de bolo" que funciona sempre igual para todo e qualquer processo de game design.

1.)Seja conciso e exato: por mais simplório que possa ser, é muito fácil se perder nas palavras e tergiversar em assuntos que não dizem respeito às regras. Ser conciso e exato significa oferecer ao jogador que vai interpretar as regras essencialmente o que ele precisa saber, não é preciso escrever o roteiro de um filme iraniano.

2.)Estabeleça claramente o que não pode e o que pode ser feito no jogo: definir limites e possibilidades é o que equilibra um game. Não deixe pontas soltas ou necessidade do jogador inventar "regras da casa".

3.)Evite muitos casos especiais e exceções: a pior coisa para um jogo é que ele tenha pontas soltas de regras que tem que ser resolvidas com "regras especiais". Muitas vezes a quantidade de regras de exceção acabam superando as regras principais do game. Revise bem isso, crie um equilíbrio bom para aquilo que é proposto ao jogador.

4.)Coloque logo de cara o objetivo do game: "você comanda uma fábrica e deve fazer com que ela seja a mais produtiva entre os adversários. Para isso você deve conseguir a maior quantidade de dinheiro que serão os pontos de vitória no fim do jogo". Dessa maneira, você já consegue pontuar para o jogador como ele vai ter que se esforçar para atingir esse objetivo.

5.)Conte as regras como se fossem uma história: envolva o jogador com uma boa história sem enrolação. Não se limite a bullets.

6.)Dê exemplos de todas as situações: lembra do passo 3? Reforce cada uma das situações do jogo usando imagens se possível.

7.)Organize a jogabilidade em fases: alguns jogos dividem o turno do jogador em fases para criar uma harmonia e um padrão de atuação. Tomando como exemplo um jogo como "Carcassonne", em um turno, cada jogador passa por uma fase de compra de peça, uma fase de colocação da peça na mesa, uma fase (opcional) de colocar um trabalhador e uma fase de marcar pontos.

Por hoje é só. Até a próxima.

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